Não podem imaginar como estou eufórica não é mesmo? Estou ansiosa pela resposta definitiva e torcendo muito mesmo para que ela seja positiva, vamos, junto comigo, fazer uma corrente de energia positiva para que dê certo hein? E então vocês não irão ler o que escrevo só aqui em nosso cantinho, mas também poderão me encontrar em uma banca de jornal, em uma livraria, para assim sonhar mais alto (risos). Por hora, o que me resta é esperar! E vamos a nossa postagem sobre Sincronia e Diacronia!!! Foquei mais especificamente a parte que fala sobre o eixo das simultaneidades e das sucessividades, ok? Que eu acho que é essencial entender.
Eixo das simultaneidades e das sucessividades
A lingüística, neste ponto de Sincronia e Diacronia,
encontra-se diante de sua segunda bifurcação, como afirmou Saussare em seu Curso de Linguística Geral. Ele diz que tudo
o que se é diacrônico não o é senão pela fala. E portanto, deixa claro que não
dispensa o estudo histórico da língua, para entender as evoluções desta
mesma. A respeito da sincronia, diz que
esta se ocupa “das relações lógicas e psicológicas que unem os termos
coexistentes e que formam sistemas, tais como são percebidos pela consciência
coletiva.” (SAUSSARE, pág.116, 1995)
Para Saussare é de extrema importância que em
Linguística, assim como nas demais ciências, se distinga os fenômenos de duas
formas, sendo a primeira o ponto de vista de sua configuração sobre o eixo AB
das simultaneidades, ou seja, a relação entre coisas existentes, excluindo-se
qualquer consideração de tempo. Chamamos esta visão de sincronia, pois a
sincronia é o eixo das simultaneidades, no qual se devem estudar as relações
entre os fatos existentes ao mesmo tempo em um determinado momento do sistema
linguístico, que pode ser tanto no presente, quanto no passado. Logo, em outras
palavras, podemos dizer que sincronia é sinônimo de descrição. A partir da
sincronia se descreve um estudo em um determinado lapso de tempo.
A segunda visão diz que de acordo com a posição do
fenômeno sobre o eixo CD das sucessividades, no qual cada coisa deve ser
considerada por si mesma, sem esquecer, contudo, que todos os fatos do primeiro
eixo aí se situam com suas respectivas transformações. A este estudo dá-se o
nome de diacronia, ela é o eixo das sucessividades, onde o linguísta tem por
objeto de estudo a relação entre um determinado fato e outros anteriores ou
posteriores, que o precederam ou lhe sucederam. A diacronia prima por descrever
as evoluções da língua, sendo assim um estudo histórico que mostra por quais
transformações a língua chegou ao decorrer dos tempos. (CASTELAR, 2003)
Para melhor exemplificar o eixo das simultaneidades e sucessividades,
abaixo se encontra uma figura representativa do mesmo:
Pensemos em uma explicação bastante simples para
compreender o eixo que Saussare propôs.
Ao plantar uma mudinha de árvore, ela se mostra frágil e
pequena demais para se manter sozinha, por isto ao cuidar desta planta,
água-la, colocar adubo, e tirar-lhe as folhas secas, notamos que a planta
começa a se desenvolver, crescer e modificar-se até tornar-se uma grande árvore
frondosa. A este processo cabe o eixo CD, ou seja, um processo sincrônico.
Porém, se em determinado momento decidirmos cortá-la, em um local do seu caule
para estuda-la a fundo, então este processo é chamado de sincrônico e cabe ao
eixo AB, pois trata-se de um estudo em um determinado lapso de tempo.
Compreendemos assim que os estudos sincrônicos são muito
diferentes dos estudos diacrônicos, tratando de sua funcionalidade. Saussare dá
o exemplo da gramática de Port Royal que tenta descrever o estado da língua
francesa na época de Luís XIV para nos mostrar que os estudos descritivos
existem há muito tempo, distinguindo um do outro determina, portanto, que é
“sincrônico tudo o quanto se relacione com o aspecto da nossa ciência;
diacrônico tudo o que diz respeito das evoluções.” (SAUSSARE, p.96, 1995)
Logo, a sincronia está para “um estado de língua” assim
como diacronia “para uma fase de evolução”. (CASTELAR, p.82, 2003)
Referências Bibliográficas:
CARVALHO, Castelar. Para compreender Saussure: fundamentos e visão crítica. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.
CARVALHO, Castelar. Para compreender Saussure: fundamentos e visão crítica. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.
LOPES, Edward. Fundamentos da linguística contemporânea.
São Paulo: Cultrix,1995.
NÍCOLA, José de. Gramática
da palavra, da frase, do texto. São Paulo: Scipione, 2004, p. 11.
SAUSSURE, de Ferdinand. Curso de linguística geral. São Paulo:
Cultrix, 1995.
Adorei o seu post, finalmente consegui entender esses conceitos. Muito obrigada.
ResponderExcluirPs: espero que os seus contos tenham sido publicados :)