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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Entrevista com Lorena de Macedo, autora de Essências!

Foto de Essências - encontro de almas, livro
de estreia da escritora!
Olá meus caros leitores! Hoje trarei para vocês uma entrevista quentinha com a escritora brasileira Lorena de Macedo, autora de Essências - encontro de almas! Gentilmente, Lorena nos concedeu esta entrevista que, diga-se de passagem, foi extremamente importante para que o público se identifique com ela. Sem medo de chocar, a autora fala um pouquinho sobre suas opiniões a cerca da leitura no Brasil, o que falta para que o hábito de ler seja cultivado e também da sua obra, seu novo livro e diversos outros assuntos. Não deixe de conferir!

Letícia Godoy: Olá Lorena! É um prazer enorme poder entrevistá-la! Primeiramente gostaria de agradecer por ter aceitado o convite em participar desta entrevista para o blog Mural dos Sofrimentos! Estou sempre tentando trazer novidades para os meus leitores, e, assim, gosto muito de fazer entrevista com autores brasileiros para ajudar o público a conhecer o nosso atual cenário literário que, muitas vezes, passa despercebido em meio “as febres internacionais”. O que, em minha opinião, é uma pena. Pensando neste contexto, o que você acha que falta para que os autores brasileiros sejam reconhecidos?

Lorena: Cara Letícia, é sempre um prazer participar de entrevistas a convite de blogueiros literários e ter a oportunidade de falar um pouco a respeito do trabalho desenvolvido. Com relação à pergunta, acredito que a falta de apoio das grandes editoras, que são as detentoras de uma grande fatia do mercado editorial e também dos veículos de mídia, é um fator que em muito prejudica o surgimento de novos autores nacionais.


Letícia Godoy: Bem, você sabe que existe uma grande barreira entre os livros e os brasileiros, tanto é que a última pesquisa feita em território nacional apresentou resultados alarmantes, constatou-se que o brasileiro lê quatro livros por ano, contando a bíblia e livros didáticos! Pensando por este lado, alguma vez já se sentiu desmotivada em escrever?

Lorena:Nunca me senti desmotivada a escrever por conta do aspecto mencionado na pergunta, simplesmente porque não escrevo para ser lida, mas sim para exteriorizar uma parte de mim. Escrever é algo que me define como ser - humano, é natural e imprescindível, como comer e dormir. Obviamente que, em um segundo momento, o escritor necessita compartilhar sua produção, e é aí que passamos ao ponto da pergunta. O brasileiro lê pouco, e os que lêem dão preferência à literatura estrangeira. Contudo, o escritor que se sente desmotivado em virtude disto não é um escritor genuíno.

Letícia Godoy: Aliás, qual é sua maior motivação?

Lorena:Encontro motivação em diversas coisas, como por exemplo, o incentivo das pessoas que gostam do meu trabalho. É necessário também que eu esteja muito empolgada com a história e acredite no que estou escrevendo.

Letícia Godoy: Lorena, também escrevo e estou na luta pela publicação a bastante tempo, comecei a escrever aos oito anos e todo mundo me desmotivava. Diziam que era bobagem escrever, pois ninguém jamais leria. Com o passar do tempo descobri que realmente o mercado editorial brasileiro é bastante rude. Os preços absurdos, a divulgação muito precária e o retorno é uma flecha incerta que não sabemos se vai acertar o alvo. O que você me diz a este respeito? De fato é muito difícil vender seu trabalho?

Lorena:Extremamente difícil, mas não pense que estou querendo lhe desmotivar já que são muitos os fatores que devem ser levados em consideração. Mas hoje temos a internet que é o braço esquerdo e o direito do escritor na divulgação do seu trabalho. Contudo, ainda sim é complicado vender. As pessoas não estão dispostas a pagarem o preço de um livro e não compreendem que o escritor independente, e até mesmo aquele que trabalha em parceria com a editora, arca com custos enormes para ver seu livro publicado.


Letícia Godoy: Acho que todos gostariam de saber Lorena, e vou me atrever a perguntar, (risos) quando é que o gosto pela escrita despertou em você? Quantos anos você tinha?

Lorena: Logo nos primeiros anos de vida. Minha bisavó costumava ler para mim fábulas de Monteiro Lobato, e na casa dos meus avós havia coletâneas de livros, clássicos da literatura, como por exemplo, Os Miseráveis de Vitor Hugo e a coleção do Monteiro Lobato. A atmosfera era propícia para o desenvolvimento do gosto pela leitura, e a passagem de leitora para escritora foi uma coisa muito natural.

Letícia Godoy: Seu romance de estréia, o Essência – encontro de almas, pertencente a trilogia Essência, apresenta traços sobrenaturais, estou certa? O que a inspirou para seguir essa linha fantástica?

Lorena: Essência é meu primeiro romance e reflete o gosto que tenho pelo gênero. Contudo, gosto de muitas coisas e meu próximo romance, cujo lançamento está previsto para o início de 2014, em nada se parece com o primeiro. Sendo assim, não acredito que esteja seguindo uma linha fantástica, mas apenas escrevendo aquilo que me agrada.

Letícia Godoy: Você acredita que a literatura fantástica chama mais a atenção do leitor?

Lorena:  Acredito que qualquer gênero é capaz de seduzir e chamar a atenção. Contudo, a literatura fantástica aborda questões que se agigantam aos olhos dos que desejam sonhar. É muito bom acreditar em fadas, bruxas e vampiros. É fantástico imaginar um universo como o de Harry Potter e todos aqueles seres estranhos que nos fazem viajar na imaginação. E é isso que atrai o leitor para o gênero em questão.

Letícia Godoy: Você está para lançar um novo livro intitulado provisoriamente de “Uma janela no tempo”, este livro também apresenta esta questão sobrenatural? Fale-nos um pouco sobre seu novo trabalho.

Lorena: Uma Janela no Tempo é o reflexo da minha evolução como escritora, sob diversos aspectos. É uma história que se passa no Brasil entre os anos 1946 e 1956 e trata de perda, amores interrompidos, conflitos familiares, e tem como pano de fundo a questão da viagem no tempo. Contudo, falo da viagem no tempo sob um aspecto científico, entrelaçando fatos verídicos com a ficção. Acredito muito no potencial deste livro e não vejo a hora de vê-lo publicado.  

Letícia Godoy: Como já comentamos o ato de ler no Brasil é algo ainda bastante desvalorizado, o que você acha que poderia ser feito para mudar essa realidade?

Lorena:A educação de base é a única coisa que pode motivar alguém a gostar de ler. Educação em casa e também na escola. Influência da família, exemplo dos pais, tudo isso é de extrema importância para o plantio e a colheita de hábitos saudáveis. Um jovem que não sabe quem foi Machado de Assis, mas que adora dançar o quadradinho de oito é alguém muito pobre de espírito e de intelecto.

Letícia Godoy: Lorena, outra questão muito importante a ser pensada é: o escritor deve escrever pelo prazer da escrita ou visando fins lucrativos?

Lorena: O escritor que tem como primeiro objetivo o lucro, não é um escritor genuíno e eu não acredito em literatura que não tenha verdade. Escrever é vivenciar muitas vidas em uma, é transcender rupturas, desvirtuar sentidos, transgredir, desafiar, sofrer, sorrir, amar, chorar, enfim, sentir. É claro que um escritor pode ser contratado para determinado trabalho e realizá-lo motivado pela contrapartida financeira, mas isso não pode ser a motivação para que uma pessoa comece a escrever.

Letícia Godoy: O que você me diz sobre essas modinhas de livros de vampiros, anjos, demônios e sado-masoquismo? O que você acha que impulsionou o surgimento de tantos livros envolvendo esta temática?

Lorena: Acredito que o mercado editorial dita tendências e diz à massa o que deve consumir em termos de literatura. E é daí que surgem as modas e uma avalanche de livros “iguais”. Todas as temáticas citadas na pergunta são extremamente interessantes e existem obras clássicas que merecem ser lidas por todos.  

Letícia Godoy: Lorena, sabemos que ser escritor(a) exige muito de quem escreve, pois você precisa terminar algo que começou e muitas vezes fica difícil de escolher entre as mil e uma possibilidades que nossa mente nos apresenta. Logo, precisamos nos distrair para poder espairecer. Nestas horas, você costuma ler? Aliás, quais são os seus escritores favoritos?

Lorena: Adoro ler! Não imagino a minha vida sem um livro ao lado da cama. Atualmente estou lendo Persuasão de Jane Austin e A Décima Terceira Marian. É muito difícil escolher meus escritores favoritos, mas gosto muito de Carlos Ruíz Záfon, que, aliás, é uma importante influência no meu trabalho, Machado de Assis e Carlos Drummond de Andrade.

Letícia Godoy: Lorena, existe muitas discussões sobre o que é e o que não é literatura. Para você, o que é literatura?

Lorena: Literatura é a capacidade de fazer com que o leitor vivencie experiências que a vida real não lhe proporciona. É isso que eu busco enquanto leitora e escritora.

Letícia Godoy: Agora eu gostaria de saber, o que você diria para os jovens escritores que estão em busca de publicação?

Lorena: Escrevam sem pensar que a publicação é o objetivo principal. Amadureçam o trabalho e encontrem a própria identidade antes de começarem a procurar uma editora. Tenham senso crítico e saibam que a frustração é inevitável, mas que desistir não é uma opção.

Letícia Godoy: Foi um prazer poder entrevistá-la Lorena e tudo o que posso te desejar é muito sucesso! Para finalizarmos nossa entrevista, gostaria de pedir para que você falasse um pouquinho sobre suas obras para os nossos leitores, para que quem não conhece sinta-se motivado a conhecer, convença-os a comprar os seus livros! (risos) Pode deixar endereços de contato, links de onde comprar os livros e tudo mais! Fica a seu critério!

Lorena: É sempre um prazer falar sobre literatura. E para aqueles que querem conhecer meu trabalho como escritora:


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Se você gostou não deixe de conferir o trabalho da autora! Além dos links deixados por ela, aconselho também a visitarem a página da Editora Literata e ficar por dentro de todas as novidades!

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