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sábado, 31 de julho de 2010

Um conto... A faca de Prata


Olá meus queridos leitores... Neste tempo ausente escrevi um conto e espero que gostem dele chama-se A faca de Prata eu irei postá-lo a vocês!
Uma boa leitura meus caros amigos!


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Título: A faca de Prata


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Autora: Letícia Maria de Godoy

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Eu caminhava por entre as flores no jardim da mansão Fontanele, aspirando o doce perfume que elas exalavam... Fazia uma bela manhã de sol, um pouco fria, mas agradável, a princípio o toque suave dos pequenos raios de sol que difundiam em minha face refletiam a beleza do encantamento.
Lá do jardim a vista que se tinha da casa era maravilhosa, nem parecia que ali, há muitos anos ninguém pisava, sim... Completamente abandonada desde que Louise falecera. Aproximando-se era possível observar as trepadeiras que subiam livres pelas grandes janelas. Na verdade parecia uma selva aquele lugar...
Cheguei na parte onde ficava a glamurosa piscina, onde há alguns anos aconteceram as mais calorosas recepções, onde as mais requintadas festas foram realizadas. Hoje o piso estava quebrado, a piscina vazia, abandonada! Como Louise amava nadar ali.
O balanço ainda existia, todo enferrujado e as aranhas teciam finas e delicadas teias por entre as correntes. Eu me sentei ali, não me importando se iria sujar minha roupa e fechei os olhos começando a recordar aquela propriedade á mais ou menos vinte anos atrás... Eu tinha dezoito anos.
— Vem Mona! Vamos nadar!
— Meu nome é Mônica, e eu não estou com vontade de nadar Louise. Tenho de ajudar a minha mãe.
— Não se preocupe com isto, eu explico para a minha mãe que você estava comigo e por isto não ajudou Eva a limpar a casa, vamos amiga. Por favor!
— Tudo bem Louise, o que você me pede que eu não faço?
— É por isto que eu te adoro tanto Moninha!
Ela me puxava contente e saltitante rumo à piscina, era assim que todos viam Louise Fontanele, uma moça feliz e sorridente que não tinha preconceitos pois eu, Mônica Grimmald era filha da empregada, nesta época já fazia dez anos que minha mãe trabalhava ali. Lembro-se de ter oito anos quando viemos morar com aquela família tão tradicional.
Os pais de Louise me tratavam muito bem, sempre me deram tudo. Eu estudei nos mesmos colégios que ela, mas sua mãe era ríspida às vezes, me deixando claro que eu era só a filha da empregada, o que me fazia ter medo dela.
— Vou dar uma festa neste fim de semana Mona e quero que você me ajude! Fernando vai poder estar presente e acho que ele também vai trazer Rafael. Isto não é perfeito?
— Oh, eu não sei se posso Louise. E o que você sugeriu ao mencionar Fernando e Rafael? Eles são de classe baixa, seus pais não gostam deles.
— Disse a verdade... Meus pais não gostam deles, mas eu sim. Principalmente de Rafael, estamos nos formando este ano minha amiga e esta festa é para comemorar este fato.
— Você é apaixonada por ele não é mesmo?
— Você sabe que sim, desde que eu tinha quinze anos, mas nunca falei nada por medo de meus pais que como você sabe, querem muito que eu me case com Rodrigo Ferracini.
Eu sempre soube do amor de Louise por Rafael, ele realmente era um rapaz muito belo de grandes olhos castanhos e cabelos negros, contracenando perfeitamente com a sua pele clara. Era educado, de boa índole e o seu único defeito era não ser rico como os Fontanele desejavam para pretendente de sua filha. Eu conseguia entender ele... Um bolsista em um colégio de adolescentes ricos e mimados, éramos iguais!
Por fim acabei aceitando ajuda-la com a tal festa e nossos últimos dias no colégio foram muito divertidos. Então na sexta-feira daquela semana eu vi Louise e Rafael se beijando no pátio, foi naquele momento que eu percebi que os dois realmente se amavam.
Não comentei nada com ela do que havia visto para não lhe arrumar confusão, e quando voltava para o meu quarto escutei um comentário de Deirdre com João Paulo, seus pais falavam dela por isto prestei um tanto mais de atenção.
— Rodrigo vai pedir a mão de Louise neste domingo Deirdre. Já conversei com os pais dele e o jantar está marcado.
— Isto é maravilhoso! Não poderia ser melhor João. Nossa filha vai se casar com Rodrigo que provavelmente vai assumir as empresas de sua família, e será feliz.
— Ele é mais velho do que ela alguns anos, mas isto não é problema. Sei que estamos fazendo o certo mulher, não quero filha minha jogada em uma casa medíocre lavando panelas!
Não consegui ouvir mais nada, fiquei aflita e voltei correndo para o quarto de Louise entrando sem bater, ela estava trocando de roupa e acabou por tomar um susto.
— Mona! Pregou-me um susto.
— Desculpe, mas é grave. Seus pais marçaram um jantar com os Ferracini onde Rodrigo pedirá sua mão em casamento.
— O que? Não! Eu não vou me casar com ele! Que dia será?
— Será no domingo.
— Mas nem mota eu me caso com ele... Eu vou fugir com Rafael, Mona. Não te contei por medo, mas eu vou. E agora tenho uma ideia, iremos amanhã depois da festa e você vai me ajudar.

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— Você é maluca Louise, mas se é isto o que deseja eu farei porque você é minha melhor amiga.
— Obrigada Mona, você também é muito especial para mim e até amanhã nunca ouvimos nada e não sabemos de nada certo?
— Claro que sim, agora irei dormir. Boa noite.
(...)

Continua na próxima postagem!

5 comentários:

  1. Nossa adorei que legal não vejo a hora da parte dois!

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  2. Entrei na história, estou ansiosa aguardando a continuação.

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  3. Bom eu também entrei na história e quero a parte dois urgente! O que vai acontecer? Posta Lehhhhhhh

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  4. Gostei bastante até agora, só uma correção: — Mas nem mota eu me caso com ele... Eu vou fugir com Rafael, Mona. Não te contei por medo, mas eu vou. E agora tenho uma ideia, iremos amanhã depois da festa e você vai me ajudar. - Seria não morta. Errinho de digitação bobo, só para avisar. :)

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